Não aprovei a marca criada para minha empresa, e agora?

Não aprovei a marca criada para minha empresa, e agora?

“Bateu um desespero. Recebi a marca que contratei para minha empresa e… detestei. E agora?”. A gente sabe o quanto esse momento é esperado. Existe toda uma ansiedade envolvida quando chega o resultado da marca que você investiu tempo, energia, sonhos e dinheiro. Mas, em alguns casos, pode acontecer: a decepção vem, e com ela um turbilhão de emoções. Nosso conselho? Respire fundo. Uma apresentação reprovada não significa que está tudo perdido.

Não aprovei a marca criada para minha empresa, e agora? Não aprovei a marca criada para minha empresa, e agora?

“Toda decepção é um convite disfarçado para recomeçar com mais verdade.”

Autoria Desconhecida

Pelo contrário: quando uma proposta não é aprovada, ela passa a ser parte do processo criativo, uma chave valiosa para abrir novos caminhos. Aqui, temos 90% de aprovação nas apresentações das nossas Marcas Apaixonantes. Isso nos traz alegria e confiança na metodologia que estamos cultivando com carinho desde 2008. Ainda assim, de cada dez projetos, um precisa de ajustes. E isso faz parte. Por isso, queremos te oferecer algumas dicas para não sofrer à toa ao rejeitar um projeto que você recebeu. Vamos juntos?

1 – Não se desespere

Primeiro passo: calma. Respire. Entenda que uma apresentação não é o fim de nada, é apenas um ponto de partida. Por trás daquela proposta entregue, existe muito mais do que você vê. O processo criativo envolve testes, caminhos explorados, ideias descartadas e uma escolha feita com base no que parecia mais coerente. Às vezes, essa escolha acerta em cheio. Em outras, ainda não chega lá. E tudo bem. Isso não quer dizer que o projeto todo precisa ser jogado fora, muitas vezes, é só uma questão de voltar uma etapa e seguir em outra direção. Na nossa experiência, quando uma proposta não é aprovada, ela não é descartada: ela é um convite para investigar melhor, escutar com mais atenção e encontrar o ponto certo.

Foi o que aconteceu com o estúdio de pilates clássico Amis. A primeira versão da marca não foi aprovada, porque os grafismos apresentados não dialogavam bem com a estratégia da empresa. Mas, entre os caminhos explorados durante o processo, havia um que conversava muito melhor com o que as proprietárias buscavam. Apostamos nesse novo rumo, e o resultado foi uma Marca Apaixonante muito mais alinhada com a alma da Amis.

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A primeira proposta para a Amis não foi aprovada, e isso abriu espaço para uma solução ainda mais conectada. Veja o projeto completo.

2 – Separe o joio do trigo

A marca e a identidade visual mexem com a gente. Não é por acaso que chamamos nossos projetos de Marcas Apaixonantes. É comum recebermos mensagens cheias de emoção quando apresentamos uma proposta que encanta, e o contrário também pode acontecer. Quando o projeto não agrada, sentimentos intensos podem surgir. E tudo bem. A expectativa é grande, o investimento também. Mas é importante deixar essas emoções assentarem antes de tomar qualquer decisão. Em momentos assim, é fácil olhar para o projeto e enxergar só o que não funcionou. Mas, aos poucos, com um pouco de distanciamento emocional, muita coisa pode se revelar. Na nossa experiência, é muito comum que dentro de uma aparente reprovação existam várias aprovações escondidas, que acabam ficando fora de foco por conta do impacto emocional do momento. O segredo é observar com calma e carinho: o que, exatamente, não agradou? E o que funcionou e merece ser mantido?

Quando apresentamos a Marca Apaixonante da Bangalô Ilhabela, o retorno não foi completamente positivo. Conversamos e descobrimos que a necessidade era de ajustar apenas uma das cores da paleta. Sendo assim todo o restante foi aprovado como o logotipo, símbolo, os grafismos, aplicações, estampas e outros. Um tom de cor ficar mais intenso fez toda a diferença para um resultado final perfeito. Por isso, diante de um resultado que não era o esperado, em muitos casos são necessários apenas ajustes pontuais. O projeto de Marca Apaixonante para a Bangalô Ilhabela foi selecionado para a Bienal Brasileira de Design na categoria Identidade & Espírito da Marca.

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Um detalhe ajustado, e tudo fez sentido na Marca Apaixonante da Bangalô Ilhabela, escolhida para a Bienal Brasileira de Design. Veja o projeto completo.

3 – Elabore sobre o problema da marca

Frases como “a marca não foi aprovada” ou “esse resultado não está alinhado à estratégia” são difíceis de decifrar. Elas não ajudam o designer a entender o que, de fato, não funcionou. Quando a resposta é genérica, o processo criativo pode empacar, e ninguém quer isso. Portanto, vale a pena tentar dar um retorno mais específico. Em vez de dizer “não gostei do logotipo”, por exemplo, experimente algo como “esse logotipo está muito formal, me parece sério demais para o sentimento acolhedor que buscamos”. Isso muda tudo. Expressar os conceitos que não se conectaram com a estratégia é um passo essencial para avançar de forma construtiva.

Foi o que aconteceu com a nova marca dos chocolates Super Vegan. O desafio era redesenhar a famosa raposinha das embalagens e criar novos personagens. A primeira proposta não foi aprovada. Então voltamos aos caminhos criados e, juntos, encontramos uma solução bem mais certeira: bichinhos fofos, humanizados, coloridos e cheios de vida. O resultado foi uma identidade visual alegre, divertida e cheia de personalidade, que traduz visualmente a Super Vegan. E mais: o projeto ganhou medalha de bronze no Brasil Design Award na categoria embalagem e também entrou para a shortlist na categoria ilustração.

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A nova raposinha da Super Vegan passou por ajustes e saiu premiada. Foto: Carol Lá Lach Veja o projeto completo.

4 – Busque opiniões valiosas sobre a marca

Nem sempre é fácil tomar uma decisão quando há insegurança em relação ao resultado de uma marca. E, muitas vezes, quem está mais envolvido no negócio sente tudo com mais intensidade, o que é absolutamente natural. Mas, em momentos de dúvida, vale lembrar que a marca não é feita só para quem cuida da empresa: ela precisa encantar, antes de tudo, as pessoas certas do outro lado.

Por isso, convidar algumas pessoas que se parecem com os clientes dos sonhos da sua empresa pode trazer respostas preciosas. Uma conversa simples, conduzida com perguntas abertas e neutras, pode revelar impressões sinceras e pontos de conexão que talvez tenham passado despercebidos. Evite compartilhar sua própria opinião antes de ouvir. Em vez disso, experimente perguntar: “O que você sentiu ao ver essa marca?”, “O que mais chamou sua atenção?”, “Que tipo de empresa você imagina quando vê essa marca?”. Às vezes, o que falta não é mudar tudo, é enxergar com outros olhos.

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Conclusão

Reprovar um projeto de marca pode ser doloroso. Afinal, há muita expectativa envolvida. Por isso, o primeiro passo é respirar fundo, lembrar que isso faz parte do processo e priorizar o diálogo. Em muitos casos, o que parece o fim é só uma curva no caminho. Trocar ideias com cuidado, nomear o que não funcionou e valorizar o que já está no caminho certo pode abrir espaço para soluções criativas e mais leves do que se imagina. Nem sempre é preciso começar tudo de novo, às vezes, um detalhe muda tudo. Quando existe uma boa metodologia e uma troca respeitosa, uma reprovação pode ser só mais um capítulo da jornada que leva a um resultado marcante. Mas, se você sentir que não há segurança para continuar com a mesma equipe, vale olhar com atenção o contrato e entender suas possibilidades com clareza.

Já passou por uma situação parecida? Reprovou uma marca que recebeu? Queremos saber como foi a partir dali. Caso você continue precisando de uma marca e quer que ela seja apaixonante, conte com a gente! Peça uma proposta e vamos criar juntos!

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Melina e Raphael

Designers, sócios em Carinhas, estúdio especializado em Branding e Design. Criamos estratégias de marca, Naming e Identidades Visuais, projetos que chamamos carinhosamente de Marcas Apaixonantes.

Autoria: Melina e Raphael
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