Cores Pantone nas empresas: o que são e para que servem

Cores Pantone nas empresas: o que são e para que servem

“Preciso escolher as cores da minha marca numa escala Pantone? Será que minha empresa precisa disso?”. Se você já viu uma pessoa designer com aquele leque de papéis coloridos nas mãos, segurando com todo cuidado, como se fosse um tesouro, é bem provável que já tenha cruzado com uma escala Pantone®. A verdade é que o mundo das cores encanta e também confunde. Entre tantos tons e possibilidades, as escalas Pantone ajudam a trazer precisão e confiança para quem trabalha com design. Mas será que elas fazem sentido para marcas pequenas e médias?

Cores Pantone nas pequenas empresas: o que são e para que servem? Cores Pantone nas pequenas empresas: o que são e para que servem?

“A visão de que o espectro de cores é visto e interpretado diferentemente por cada indivíduo conduziu à invenção do Pantone Matching System, um manual de cores padrão em formato de leque ou chip.”

Sim, nós usamos essas escalas em todos os nossos projetos de Marcas Apaixonantes. E preparamos este texto para tirar dúvidas comuns e mostrar o que é importante saber, especialmente para quem tem uma empresa em crescimento.

1 – O que é uma escala de cores Pantone?

Pantone é uma empresa que se dedica a uma paixão: as cores. Ela cria escalas superprecisas que funcionam como catálogos, feitos para que designers e gráficas consigam se comunicar de forma padronizada. Ou seja, que uma cor escolhida aqui apareça igualzinha quando for impressa em outro lugar, mesmo que a impressão aconteça do outro lado do mundo. Para garantir essa padronização, a Pantone cuida de cada detalhe na mistura dos pigmentos e imprime essas escalas em diferentes tipos de papel.

Cada cor recebe um código único, como se fosse o nome próprio daquela tonalidade. Assim, se você escolhe o Pantone 2905C, por exemplo, pode confiar que esse tom de azul vai ser reconhecido do mesmo jeito por quem estiver imprimindo sua embalagem, cartão ou papelaria, seja no Japão ou em São Paulo. Além do design gráfico, essas escalas também aparecem em outras áreas, como moda, arquitetura, fotografia e arte. Mas aqui, a gente vai focar no que realmente importa para o seu negócio: como isso tudo se conecta à construção da sua marca.

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A escala Pantone aparece bastante no nosso dia a dia. Foto: Carol Lá Lach. Saiba mais sobre nossos projetos de Marcas Apaixonantes.

2 – As cores da minha empresa devem ser escolhidas na escala Pantone?

Não precisam. A escala Pantone é uma ferramenta muito útil, mas entra em cena num momento mais técnico, quando as cores já foram escolhidas e é hora de garantir que tudo saia certinho na impressão. Por isso, o mais comum (e o mais gostoso!) é começar de outro jeito. Na hora de escolher as cores da marca, o melhor caminho é partir da essência do seu negócio. Pode ser a cor do seu produto, alguma combinação que remete à história da empresa, tons encontrados na natureza, objetos afetivos ou até memórias visuais que inspiram. A gente também considera o repertório visual de quem está criando e tudo o que foi reunido no painel de referências do projeto. É assim que a paleta vai ganhando vida, de um jeito único e cheio de sentido. Depois que essas cores já estão definidas, buscamos na escala Pantone os tons mais parecidos. Isso ajuda muito a manter a consistência, especialmente quando entra uma gráfica no processo.

Foi o que fizemos com a Almadoré, uma marca de chocolates que nasceu com três sabores na linha original: branco, ao leite e intenso. A primeira escolha foi usar as cores das próprias barras. Depois, combinamos outras para acompanhar: um azul suave para o branco, um verde para o ao leite e um laranja para o intenso. Essas mesmas cores apareceram também nos personagens das embalagens, criando um visual coeso e encantador para a Almadoré. No fim, definir os códigos Pantone de cada cor foi essencial para que a gráfica conseguisse reproduzir tudo com fidelidade e cuidado.

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Cada chocolate da Almadoré tem uma cor especial para chamar de sua. O projeto ganhou medalha de bronze no Brasil Design Award, na categoria Embalagem. Foto: Carol Lá Lach. Veja o projeto completo.

3 – O que as pequenas empresas precisam saber sobre a escala de cores Pantone?

Se você tem uma pequena ou média empresa, o mais importante é ter clareza sobre quais são as cores da sua marca, aquelas que vão acompanhar sua comunicação, seus produtos e sua presença visual no mundo. E mais do que escolher bem, é fundamental garantir que essas cores sejam reproduzidas com consistência em todos os materiais. É aí que entra o papel das escalas. Quando um projeto de identidade visual é criado por um profissional, ele deve indicar as referências numéricas de cada cor escolhida. Isso inclui os códigos RGB (para telas), CMYK (para impressão comum), Hex (para uso em sites e redes) e Pantone (para impressão com cores especiais). Essas informações costumam estar reunidas no guia de uso da identidade visual e são essenciais para manter tudo alinhado, em qualquer formato.

Foi o que aconteceu com a Amanaki, uma marca de calçados que valoriza o estilo clássico e atemporal. A paleta que criamos para ela tem tons neutros, como bege, cáqui, preto e branco. Ao definir os códigos Pantone correspondentes a essas cores, garantimos que, na hora de imprimir caixas de sapato e envio, etiquetas ou adesivos, o resultado seja sempre fiel ao que foi planejado. Isso dá tranquilidade para a empresa e transmite mais cuidado e profissionalismo para quem está do outro lado, recebendo as encomendas lindas dessa Marca Apaixonante Amanaki.

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Na Amanaki, as cores definidas com a escala Pantone aparecem em tudo, mas os códigos Pantone foram usados para padronizar as caixas, embalagens e itens de papelaria. Veja o projeto completo.

4 – A cor da impressão vai ficar idêntica à da escala?

Quando a cor da marca é definida a partir da escala Pantone, as chances de o resultado impresso ficar muito parecido são grandes. Mas é importante saber: dificilmente a cor vai ficar exatamente igual. Isso acontece porque o processo mais comum de impressão é o chamado CMYK, que mistura quatro cores, Cian, Magenta, Amarelo e Preto, para chegar a milhares de tonalidades.

Mesmo com essa diferença, a escala Pantone continua sendo uma referência muito confiável. É como se fosse um ponto de encontro: a gente sabe de onde está partindo e onde quer chegar. E isso dá segurança para todas as pessoas envolvidas no processo, desde quem criou a identidade até quem vai imprimir.

Em alguns casos, a gráfica imprime usando só uma ou duas cores. Nessa situação, pode ser que a própria cor Pantone escolhida seja usada na impressão, o que chamamos de “cor especial”. Isso também acontece quando a marca usa cores vibrantes ou metálicas, que não podem ser alcançadas só com o CMYK. Ou seja, usar a escala Pantone não é só um detalhe técnico: é uma forma de garantir que o que foi sonhado no projeto visual vai se realizar com cuidado e precisão. E isso vale ouro, especialmente para pequenas empresas que cuidam de cada detalhe com tanto carinho.

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5 – A escala de cores Pantone consegue reproduzir todas as cores do mundo?

A escala Pantone consegue reproduzir milhares de cores, mas não todas. E tudo bem. Porque a verdade é que poucas coisas são tão ricas, criativas e surpreendentes quanto as cores que vemos na natureza ou que aparecem no nosso dia a dia, muitas vezes de forma inesperada. Ainda assim, a Pantone se dedica a traduzir essa beleza em paletas que crescem a cada ano, com novas possibilidades. Além das cores tradicionais, também existem opções metálicas, como dourado e prateado, tons pastel e até cores neon.

No projeto da Marca Apaixonante da clínica de psicologia Plumita, por exemplo, escolhemos uma paleta vibrante e cheia de personalidade: laranja intenso, verde musgo, lilás e verde escuro. Como o foco da clínica são crianças e adolescentes, quisemos fugir do lugar-comum dos verdes e azuis clarinhos tão usados na área da saúde. A Plumita valoriza a autenticidade e o acolhimento, então a paleta precisava refletir isso. E mesmo que, um dia, a clínica mude de endereço ou reforme o espaço, os códigos Pantone estarão lá como aliados. Eles garantem que as cores pensadas com tanto carinho vão continuar presentes, ajudando a contar a mesma história, com o mesmo cuidado, em qualquer lugar.

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A Plumita mostra como a coerência das cores pode ir além do papel e chegar até os espaços físicos como a clínica de psicoterapia infantojuvenil. Veja o projeto completo.

6 – Todas as empresas precisam ter uma escala Pantone?

Essa é uma dúvida comum, especialmente entre quem está dando os primeiros passos na construção da identidade da sua marca. Mas a verdade é que não: a menos que a empresa trabalhe com design, impressão ou produção de materiais visuais com frequência, não é necessário ter uma escala Pantone no escritório. Quem precisa mesmo tê-la por perto são profissionais de design e gráficas, que lidam diariamente com decisões que envolvem precisão de cor. Para essas pessoas, a escala é uma ferramenta de trabalho essencial. Para as outras empresas, o importante é ter uma paleta de cores bem definida e contar com um projeto de identidade visual que inclua os códigos Pantone entre as referências. Assim, sempre que for necessário produzir algo, uma embalagem, um uniforme, um letreiro, a gráfica ou fornecedora saberá exatamente qual tom seguir.

Foi assim no projeto da Marca Apaixonante da Crizáli, empresa que atua com impermeabilização de edifícios. Apesar de não trabalhar com cores no dia a dia, na hora de criar a identidade da Crizáli optamos por fugir do óbvio do setor e escolhemos um trio bem fora da curva: vermelho, roxo e bege, em tons específicos. E mesmo que a empresa não precise ter uma escala Pantone à mão, os códigos definidos ajudam, por exemplo, na hora de aplicar essas cores em objetos como capacetes. Com a referência certa, o fornecedor sabe exatamente que tom usar, e a empresa pode manter sua identidade viva em cada detalhe.

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Crizáli cuida de projetos 3D e não precisa ter uma escala Pantone, mas tem sua paleta definida no guia de uso da marca. Veja o projeto completo.

Conclusão: O que é Pantone e para que serve?

A escala de cores Pantone é uma grande aliada quando o assunto é padronização. E padronizar as cores de uma marca vai muito além de uma questão estética, é um passo importante para garantir reconhecimento, profissionalismo e consistência em cada ponto de contato com o público. Quando não há essa referência, cada pessoa pode enxergar uma cor diferente, cada tela mostra um tom distinto, cada impressora entrega um resultado imprevisível. Mas, com a escala Pantone, todo mundo fala a mesma língua, seja na gráfica do bairro ou em outro país. Ela ajuda a manter a identidade visual fiel à sua essência, do jeitinho que foi pensada. E para quem ama o universo das cores, a Pantone ainda tem muito a oferecer: produtos lindos, coleções especiais e até a famosa “cor do ano”, que inspira profissionais do mundo todo.

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Ficou mais claro por que a escala Pantone pode ser tão valiosa para marcas, especialmente as pequenas e médias? Se tiver qualquer dúvida, escreve pra gente, vai ser um prazer conversar sobre isso com você. Sua empresa precisa de uma Marca Apaixonante? Vamos criar juntos, peça uma proposta!

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Melina e Raphael

Designers, sócios em Carinhas, estúdio especializado em Branding e Design. Criamos estratégias de marca, Naming e Identidades Visuais, projetos que chamamos carinhosamente de Marcas Apaixonantes.

Autoria: Melina e Raphael
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